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Entrevista #121 DIEGO DGOH (Brasil)

Atualizado: 25 de jun.

PT

DIEGO DGOH é um artista e designer brasileiro natural de São Paulo.


Apreciador de banda desenhada desde muito novo, refere os desenhos de super-heróis como uma influência do seu trabalho até hoje.


Foi em 2006 que ganhou o gosto pelo Graffiti e pela cultura do Hip Hop, influenciado pelos writers oldschool.



Em 2015, quando estava na faculdade de design gráfico, começou a construir o seu estilo e à procura da sua profissionalização.


Depois de algumas passagens pela Europa, tendo exposto o seu trabalho em diversas cidades, voltou para o Brasil (durante a pandemia de covid-19) e abriu um atelier na sua cidade natal.



Nas suas peças marcadas por characters de formas geométricas e diversos gradientes de azul (cor que tem um grande significado para o artista), utiliza materiais como o spray, látex e técnicas mistas típicas do Graffiti Brasileiro.


Em paralelo, utiliza as suas técnicas em telas, decorações e outros suportes fora das ruas, numa expansão do seu trabalho convencional.


Atua ainda como instrutor de Graffiti em workshops realizados em instituições e escolas.



Tens formação em Arte?


Tenho formação como Designer Gráfico.


Quando começou o teu interesse pelo(a) graffiti / street art e quais foram as tuas influências na altura?


Comecei no ano de 2006, por influências dos tags e dos pixos do meu bairro. Mas no Graffiti me influenciaram muito os escritores Feone e Bonga MAC, que são gerações antigas da cidade. 



Já pintaste em quantos países?


Eu já perdi a conta, ahahah, mas tenho passagem em quase todos os continentes... só ainda não fui à Ásia e Índia. 


Mas meus rolês favoritos são ir pra Europa, onde tenho centenas de amigos com certeza.


Qual foi o spot mais incrível em que já pintaste?


São muitos os spots. Os meus últimos favoritos são em Lisboa, no sítio de Cacilhas, e em Paris, no túnel abaixo do Louvre e um rooftop em frente à Torre Eiffel.



Quando começaste a utilizar o azul como cor predominante das tuas peças e qual o seu significado?


Eu utilizo azul nos meus trabalhos desde 2014. No início foi por eu ter muita tinta da cor, mas depois vi que ela tinha um significado muito bonito que conciliava com os meus valores pessoais, como um caminho de luz e leveza.


Como é o teu processo criativo e onde vais buscar as inspirações para as tuas peças?


Meu processo criativo vai muito do meu humor e inspiração. Geralmente trabalho em pesquisas fotográficas para ter referências visuais que ajudam a traduzir para o desenho aquilo que sinto. Em cima disso construo meus personagens.



Pintas com sketch ou freestyle?


Para pintar projetos especiais e grandes murais eu utilizo um projeto prévio, para ficar com mais precisão.


Graffiti livre na rua eu pinto 100% freestyle.


Qual é aquela que consideras a tua melhor peça, aquela que te deu mais luta e aquela que ainda te falta fazer?


Todas as peças são especiais... até as que eu não acerto. Porém, os favoritos sempre são os trabalhos grandes e desafiadores. Cada um tem sua importância, de acordo com a época.



Quais são os ingredientes para um bom dia de pinturas?


Dia com o céu com poucas nuvens (porque não gosto de ficar no sol, ahahah) e alguns amigos reunidos em um bom spot fluem perfeitamente!


Qual é a tua lata preferida?


No Brasil são muito caras as latas para pintar Graffiti. Então, as nacionais não são tão boas mas salvam em certas ocasiões. Mas as favoritas aqui em São Paulo são as MTN.

Na Europa uso mais Montana Cans, fluem bem.



O que toca na tua playlist quando pintas?


Eu não gosto muito de pintar escutando música. Prefiro silêncio ou o som do

ambiente (cidade, spots fechados). Sem excesso.


Também pintas em tela? Quantas exposições já fizeste?


Eu não sou muito de produzir em canvas. Num ano pinto umas 6 peças, às vezes uma encomenda.


Até hoje, só fiz 1 exposição e inclusive foi em Portugal, no Porto.



Das tuas passagens por Portugal, como classificas o panorama atual do(a) graffiti / street art tuga? Que diferenças encontras relativamente ao Brasil?


Eu sou muito bem relacionado com os artistas de Portugal. A malta do Porto e de

Lisboa e alguns amigos brasileiros que aí vivem fazem muitas coisas boas. Há bons murais e gosto da cena daí.


A cena ferroviária de Graffiti é altamente forte.


Qual é o teu top 3 de writers / artistas portugueses?


Wek, Caver e Mesk são bons artistas e amigos.



E de writers / artistas estrangeiros?


Os Gêmeos, e os meus amigos de SP. Sou fã.


Com que writer / artista gostarias de fazer uma peça conjunta?


Muitos, ahahah, difícil listar.



Já marcaste presença em alguns Festivais de Arte Urbana e eventos semelhantes. Qual foi aquele em que tiveste mais gosto em participar?


Foram muito poucas minhas participações em eventos.


Meus grandes projetos individuais, com toda a estrutura profissional, esses sim são meus favoritos.


Quais são os teus planos / projetos futuros?


Voltar mais à Europa e fazer mais conexões com artistas e projetos.


Ter saúde e continuar trabalhando em meus projetos.



Tens alguma história que queiras partilhar?


Creio que as melhores noites de Graffiti que tive na vida foram no Porto. Bons momentos pintando com meus amigos.


Cumprimentos / agradecimentos?


Um abraço a ti, obrigado pelo espaço.


E toda a malta de Portugal! Tenho muito apreço por vocês. 


Fotografias / Photos: Diego Dgoh


ENG

DIEGO DGOH is a Brazilian artist and designer born in São Paulo.


A fan of comics from a young age, he cites superhero drawings as an influence on his work to this day.


It was in 2006 that he gained a taste for Graffiti and Hip Hop culture, influenced by oldschool writers.


In 2015, when he was in graphic design college, he began to build his style and seek professionalization.


After a few visits to Europe, having exhibited his work in several cities, he returned to Brazil (during the Covid-19 pandemic) and opened a studio in his hometown.


In his pieces marked by characters with geometric shapes and different gradients of blue (a color that has great meaning for the artist), he uses materials such as spray, latex and mixed techniques typical of Brazilian Graffiti. In parallel, he uses his techniques on canvases, decorations and other supports outside the streets, in an expansion of his conventional work. He also works as a Graffiti instructor in workshops held in institutions and schools.


Do you have training in Art? I have training as a Graphic Designer. When did your interest in graffiti / street art begin and what were your influences at the time? I started in 2006, influenced by tags and pixels in my neighborhood. But in Graffiti, the writers Feone and Bonga MAC, who are old generations from the city, influenced me a lot. How many countries have you painted in? I've lost count, ahahah, but I have travel on almost every continent... I just haven't been to Asia and India yet. But my favorite things to do are go to Europe, where I definitely have hundreds of friends.

What was the most incredible spot you've ever painted?


There are many spots. My latest favorites are in Lisbon, at Cacilhas, and in Paris, in the tunnel below the Louvre and a rooftop in front of the Eiffel Tower.


When did you start using blue as the predominant color of your pieces and what does it mean? I have been using blue in my work since 2014. At first it was because I had a lot of blue paint, but then I saw that it had a very beautiful meaning that reconciled with my personal values, as a path of light and lightness. What is your creative process like and where do you get inspiration for your pieces? My creative process depends a lot on my mood and inspiration. I generally work on photographic research to have visual references that help translate what I feel into the drawing. Based on this, I build my characters. Do you paint with sketch or freestyle? To paint special projects and large murals I use a previous project, to be more precise. Free graffiti on the street I paint 100% freestyle. What do you consider to be your best piece, the one that gave you the most struggle and the one you still have left to do?


All the pieces are special... even the ones I don't get right. However, the favorites are always the big and challenging jobs. Each one has its importance, according to the season.


What are the ingredients for a good painting day? A day with a sky with few clouds (because I don't like being in the sun, haha) and some friends gathered in a good spot flows perfectly! What's your favorite can?


In Brazil, cans for painting Graffiti are very expensive. So, the nationals are not that good but they save on certain occasions. But the favorites here in São Paulo are MTN.


In Europe I use Montana Cans more, they flow well.


What plays on your playlist when you paint?


I don't really like painting while listening to music. I prefer silence or the sound of environment (city, closed spots). No excess.


Do you also paint on canvas? How many exhibitions have you had?


I'm not much of a canvas artist. In a year I paint about 6 pieces, sometimes a commission. To date, I have only had 1 exhibition and that was in Portugal, in Porto.


From your visits to Portugal, how would you classify the current panorama of graffiti / street art in Tuga? What differences do you find compared to Brazil?


I am very well connected with artists from Portugal. The people from Porto and Lisbon and some Brazilian friends who live there do a lot of good things. There are good murals and I like the scene there.


Graffiti's railway scene is highly strong.


What is your top 3 Portuguese writers/artists?


Wek, Caver and Mesk are good artists and friends.


And foreign writers/artists?


Os Gêmeos and my friends from SP. I'm a fan.


Which writer/artist would you like to do a joint piece with?


Many, ahahah, difficult to list.


You have already been present at some Urban Art Festivals and similar events. Which was the one you most enjoyed participating in? There were very few of my participations in events. My big individual projects, with all the professional structure, these are my favorites. What are your future plans/projects? Go back to Europe more and make more connections with artists and projects. Stay healthy and continue working on my projects. Do you have a story you want to share? I think the best Graffiti nights I've had in my life were in Porto. Good times painting with my friends. Greetings/thanks? A hug to you, thanks for the space. And all the people from Portugal! I have a lot of appreciation for you.

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